“Não se enganem”, adverte secretário sobre continuidade da transmissão comunitária da covid-19 em Pernambuco

29 de junho de 2020

Por JC Online

Interior do Estado vive processo de aceleração da curva epidêmica, e o Recife tem mostrado tendência de queda. Mas permanecemos longe de comemorar um controle da transmissão

Passados mais de 100 dias dos primeiros casos de covid-19 confirmados em Pernambuco, o atual cenário de epidemia no Estado tem se mostrado heterogêneo. Enquanto o interior vive um processo de aceleração da curva epidêmica, o Recife tem mostrado tendência de queda no número de pessoas doentes. Mas permanecemos longe de comemorar um controle da transmissão.

“Estamos todos aprendendo com a pandemia. Ninguém tem o condão de acertar sempre, mas a cautela é o melhor remédio em situações como essa. Não é o temor absoluto nem o imobilismo. Não podemos ficar imobilizados pelo medo, mas precisamos ter cautela nas tomadas de decisão”, destacou o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, em coletiva de imprensa online na última sexta-feira (26).

Com esse depoimento, observamos que há um chamado para adoção de cuidados nas fases de retomada das atividades socioeconômicas que vivenciamos atualmente. “É preciso que todos tomem consciência de que o vírus não foi embora. Ele está circulando em Pernambuco. Há ainda transmissão comunitária. Todos precisamos nos cuidar, mesmo na Região Metropolitana, onde há hoje um controle maior da doença. Não se enganem; o vírus está aí, ele é perigoso”, reforçou Longo.

A advertência do secretário mostra apenas que estamos passando por uma fase de maior estabilidade na capital e em algumas cidades do Grande Recife. “Outras localidades (onde a epidemia despontou antes de Pernambuco) têm demonstrado que, se houver descuido, o vírus volta e pode voltar com força. Precisamos estar atentos, retomando atividades econômicas de forma paulatina, com cuidados e protocolos rígidos para manter a doença sob controle”, frisou.

Atualmente Pernambuco totaliza 58.107 casos confirmados de covid-19. Além disso, 4.751 pessoas já morreram no Estado em decorrência da doença.

 


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