O censo demográfico foi o tema principal abordado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) durante o Bate-Papo com a CNM desta sexta-feira, 6 de novembro. Na oportunidade, o coordenador do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), David Dias, e o analista técnico da área de Estudos Técnicos da CNM Hilton Rocha reforçaram os principais detalhes que os gestores municipais precisam saber sobre o tema.
Para promover um levantamento correto, de acordo com a realidade, o IBGE atua diretamente nas localidades. “É o único momento que o IBGE vai dentro das cidades no âmbito dos setores censitários para tirar retrato da sociedade, fazer a contagem da população e atualizar a base cadastral. Com isso, o poder público poder tecer as políticas públicas e divisões de recursos”, iniciou o representante do Instituto.
Os dados do Censo Demográfico, que contabiliza a população residente e coleta outras informações socioeconômicas, impactam diretamente nas finanças, uma vez que é base para o cálculo dos coeficientes de repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Além disso, influenciam nas políticas públicas municipais para as próximas gestões.
Sabendo a importância destes dados para a gestão municipal, a CNM assinou o termo de cooperação com o IBGE para auxiliar o trabalho do Instituto no levantamento dos dados. “Boa parte dos agentes municipalistas sabe que grande parte dos Município argumentam que o número de habitantes é bem maior do que as estimativas. Estes ajustes sempre acontecem com o Censo, que vai em todo o território nacional, fazer a contagem populacional”, complementa o analista técnico da CNM Hilton Rocha.
Reuniões antes do censo
O levantamento promovido pelo IBGE seria realizado neste ano de 2020. Por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19), o recolhimento de dados nas localidades ficou para 2021. Antes deste momento, porém, o IBGE promove o que chama de Reuniões de Planejamento e Acompanhamento (Repac). Os encontros são promovidos em todos os Municípios com o objetivo de proporcionar mais integração entre prefeitura e o Instituto, relativo a encaminhamentos e monitoramento do Censo em nível local.
“Para participar das reuniões vamos mandar convite para todas as prefeituras. Então, gestores, fiquem atentos aos convites. Vocês podem se antecipar através do site do Censo 2012. Além disso, procurem a CNM e o IBGE mais próximo, para ficarem atentos às reuniões, porque é nelas que o IBGE vai detalhar como vai ser o trabalho nos Municípios”, reforçou David Dias.
Intercâmbio de endereços
Outro passo fundamental para o levantamento do Censo 2021 é o intercâmbio de endereços. Com isso, as equipes da prefeitura e do IBGE tem um mapa integral do território do Município com todos os logradouros para que nenhum cidadão fique de fora do Censo.
O objetivo, reforça Hilton, é que o Município forneça informações mais próxima da realidade. “O Município vai disponibilizar uma base de dados dos endereços nos Municípios. O IBGE vai pegar a base de dados e vai comparar com a base do Instituto. Depois o IBGE vai disponibilizar a base de dados atualizadas e padronizada”, complementa, ressaltando que o ganho para o gestor municipal é muito grande.
No Conteúdo Exclusivo da CNM, o Município pode fazer a adesão e recebe um documento eletrônico explicativo. Ao assinar o termo, o IBGE já recebe uma atualização da ação. É uma ação simples, desburocratizada e de grande impacto para a gestão municipal. Acesse no portal da CNM.
Confira como foi o Bate-Papo com a CNM:
Por: Lívia Villela
Da Agência CNM de Notícias
