Paulo Ziulkoski chama gestores para assumirem legado de 21 anos

23 de maio de 2018

Exaltando desafios e conquistas de 21 anos à frente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), o presidente Paulo Ziulkoski convocou os gestores a assumirem com firmeza a causa dos Entes locais. O discurso, realizado logo depois da abertura oficial da XXI Marcha, foi em tom de despedida, mas sem perder o entusiasmo e a intensidade, sua marca nas últimas décadas.

Antes de se dirigir aos mais de sete mil participantes que lotaram a plenária principal do Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), Ziulkoski recebeu uma homenagem. O vídeo exibido trouxe depoimentos sobre a história do presidente e a relação com a política. De quando ele tinha 5 anos e ouvia os debates dos amigos do pai; passando pelos movimentos estudantil e sem terra, oposição à ditadura, liderança do MDB jovem, emancipação do Município Mariana Pimentel (RS); chegando à eleição para prefeito e presidência da CNM.

O diretor da entidade Hugo Lembeck lembrou ainda dos cargos que Ziulkoski ocupa atualmente em organizações internacionais, como a Federação Latino-americana de Cidades, Municípios e Associações de Governos Locais (Flacma) e o Bureau Executivo das Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU). “Em 20 anos, ele transformou o movimento municipalista brasileiro em referência mundial”, destacou o vídeo.

Defesa dos Municípios

Ag Lar/CNMNa sequência, o presidente fez uma apresentação das pautas que serão debatidas nos próximos dias entre os participantes com Executivo, Legislativo e Judiciário. E reforçou a importância de manter o diálogo com representantes dos três Poderes. “Temos que acabar com a intolerância, ter paciência e persistência. Como teremos ganhos, se rompermos o diálogo?”, questionou, referindo-se à articulação política.

Ziulkoski agradeceu a parceria e a atuação dos gestores e das lideranças estaduais na consolidação do movimento e em conquistas concretas, que somaram, ao todo, R$ 652 bilhões em recursos. A exemplo do Imposto Sobre Serviços (ISS), que rendeu R$ 252 bilhões; do salário educação, com R$ R$ 85 bilhões; e de diversos auxílios financeiros. Ele lembrou ainda da idealização e da realização da primeira Marcha, em 1997, e, das edições seguintes, cada um com os respectivos pleitos.

Pressão
Com humildade, fez um convite inspirador aos colegas. “Se apoderem de dados e informações e tenham consciência de que o prefeito é um agente político, antes de ser um administrador. Todos têm condição de fazer mais do que eu fiz, mais do que fizemos, nos últimos anos. Tem que olhar longe, construir pautas para o futuro, não só para o seu governo”, sugeriu.

Por fim, ele citou os dez compromissos com o Brasil, tema desta edição, e recebeu, no palco, o senador Wellington Fagundes (PR-MT), relator da revisão da Lei Kandir, que acaba de ser aprovada em Comissão do Congresso Nacional. O parlamentar reforçou o convite aos gestores. “Tem que vir para a Marcha e estar presente para pressionar. Amanhã teremos os presidentes da Câmara e do Senado, vamos falar da Lei Kandir, nossa demanda é que seja colocado em regime de urgência. A agenda municipalista não pode ficar na prateleira, do Congresso ou do Executivo”, concluiu.


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