Foi instituído nesta sexta-feira, 30 de setembro, o Programa Frota Ferroviária Verde. A iniciativa – prevista na Portaria 1.324/2022 – pretende promover o incremento da sustentabilidade do material rodante no âmbito das concessões e autorizações ferroviárias federais. A previsão é de que os dispositivos previstos na normativa passem a vigorar a partir de outubro.
As alterações climáticas potencializadas pela ação do homem intensificou o aumento da emissão de gases de efeito estufa (GEE) originados principalmente pela queima de combustíveis fósseis (dos automóveis, das indústrias, usinas termoelétricas), queimadas, desmatamento, decomposição de lixo, etc. Dessa forma, as tecnologias sustentáveis se apresentam como alternativas para cumprimento dos compromissos da nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) de redução de GEE firmados na COP 26 de mitigar as emissões.
Segundo o Observatório do Clima, as emissões de gases de efeito estufa no mundo foram de 59 bilhões de toneladas em 2019. Isso significa um percentual de 12% maior do que em 2010 e 54% a mais do que em 1990. A última década teve o maior crescimento de emissões da história humana: 9,1 bilhões de toneladas superiores ao da década anterior – mesmo com a consciência da escala do problema e da urgência da ação.
Outros dados
Dados do Observatório do Clima ainda apontam que o setor representou 47% do total das emissões de energia em 2019, sendo o transporte de cargas responsável por 40% desse total. As emissões provêm principalmente da queima de combustíveis fósseis, especialmente gasolina e diesel. Esse contexto faz com que a diversificação nos modos de transporte e melhor planejamento logístico sejam centrais para a rota de descarbonização do Brasil.
Nesse sentido, o programa denota a importância e a necessidade de alinhar ações em todas as esferas governamentais para construção de tecnologias sustentáveis que visem tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos, conforme estabelecido pelo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13. Também busca desenvolver infraestrutura de qualidade, confiável, sustentável e resiliente, incluindo infraestrutura regional e transfronteiriça para apoiar o desenvolvimento econômico e o bem-estar humano, conforme o ODS 9.1 e o uso de fontes energéticas sustentáveis (ODS 7).
Foto: Agência Brasil
Da Agência CNM de Notícias
